Thursday, July 19, 2007

Quando digo que não tenho pressa, revelo-te o segredo do desejo da espera? A espera se alimenta do sopro sutil do silêncio, é encanto que chega a cair em queda ao deparar com a real magia da concretude. Quando se alimenta da espera, assusta-se com improviso. Fica sonso, parado e mudo... o sentido da nossa luta assume, por alguns instantes, o papel de estátua que até então o silêncio encobria em sua sóbria face. Despercebido pelo tempo, as ações se perdem em pequenos cristais do passado e são acumulados na memória como um presente valioso. Memórias cristalizadas pelo tempo nunca atingem o limiar da dissolução, mas transformam-se em jóias raras de vivencias marcadas pela ação guiada pelo Espírito. A espera, ação em sua real sabedoria, os homens nem sempre conseguem compreendê-la. Iram-se, angustiam-se, precipitam-se... porém a espera permanece em silêncio aguardando o momento de ver- nos florescer. O alimento da espera é o amor, ei de esperarmos pela vida inteira! A cada passo dado somos lançados a novos caminhos de minutos instáveis e inacabados. Como é eterno o caminho do aprender... há tanto para fazer... porém tudo começa com a pausa de um suspiro.

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