Wednesday, September 05, 2007

Vivia expondo-me à tempestade, planava sob a superfície de cactos e desconhecia a engrenagem que sustentava o meu vôo, mas de repente senti o seu cheiro... tocou-me o rosto e trouxe-me o frescor do aroma matinal: vento, trigo e mel. Então me pergunto: aonde estavam os meus olhos quando o amor passou por mim? Seu amor cobriu-me inteiramente, então entreguei-me ao delírio de viver no escuro. Em silêncio e à passos largos fui perdendo a claridade dos meus olhos, então percebi que a essa luz me cega, mas é nela que insisto em mirar.

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